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Identidade Visual da IPIlha
Data publicação 01/02/2015

Os cristãos, ao longo do tempo, sempre se utilizaram de símbolos para se identificarem. Como no primeiro século, em tempos de perseguição (período indeterminado), eles se identificavam pelo símbolo de um peixe, resultante do traço de uma meia lua para cima e outra para baixo. Desta forma, com o fim de promover comunicação, um cristão marcava um lugar com uma meia-lua para baixo, se o outro também fosse cristão, marcava a meia lua para cima, formando o símbolo do peixe, chamado de ICHTHUS – iniciais da expressão Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador.

A partir deste domingo, nossa Igreja também será representada por um símbolo (identidade visual), que estará estampada em todos as impressões e tudo que carregue o nome da Igreja.

Isso fará, a curto prazo, com que a Igreja seja rapidamente identificada através da sua logomarca, e assim, por ela conhecida também.

Nossa logomarca é formada por um vitral que tem como centro uma cruz, a qual, muito antes do peixe, já era símbolo explícito dos cristãos e principalmente símbolo do evangelho.

A cruz, de acordo com a Escritura Sagrada representa glória e poder de Deus manifestos no sacrifício substitutivo de Cristo por nós pecadores, e também em nosso rompimento com o mundo e suas concupiscências. Veja:

“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (I Co 1.18)

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” (Gl 6.14)

O sacrifício, estampado no símbolo da cruz, para o mundo é vergonha, escândalo, mas para aqueles que são alcançados por Deus, justamente por causa do sacrifício expiatório de Cristo, podem compreender o poder que emana deste ato. Onde outrora só manifestava vergonha e vexame, agora se manifesta glória, pois como diz o apóstolo Paulo: “E a nós, que estávamos mortos pelas nossas transgressões e pela incircuncisão da nossa carne, nos deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;  e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.13-15 adaptado).

Por isso, a cruz é o nosso símbolo, uma marca que expressa o que recebemos por meio do sacrifício de Cristo, poder e glória, e o que se manifesta também através do nosso viver diário sacrificial, no servir, independente das circunstâncias, sem olhar a quem, evidenciando o que recebemos de graça – amor.

O vitral, outra parte de nossa logomarca, é um símbolo que remete à tradição - palavra com origem no termo em latim traditio, que significa "entregar" ou "passar adiante". Ou seja, a tradição é a transmissão de costumes, comportamentos, memórias e crença, de uma geração para outra; algo que nossa igreja tem feito ao longo dos anos, de forma legítima e saudável pois é feito debaixo do crivo da palavra de Deus.

“Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos.” (Sl 145.4 RA) “Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão os teus atos poderosos” (NVI)

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” (At 2.42)

“Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes...” (2 Ts 3.6)

E esperamos permanecer assim, fiéis à Palavra, fazendo de nossa vida, vivência e convivência, atos e palavras, um canal que conduza à proclamação dos grandes feitos do nosso Deus, de sua obra grandiosa, majestosa, soberana e longânima de salvar o homem pecador entregando o seu único filho Jesus Cristo, para que toda aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3.16)

Que os filhos dos filhos da Igreja Presbiteriana da Ilha, permaneçam na tradição que aprenderam de seus pais, na mensagem da cruz que receberam através da pregação, fundamentados na palavra, vivendo em comunhão, para a glória de Deus.

 

Rev. Silvino da Cunha Dias